domingo, 6 de dezembro de 2009

'Enquanto a água quente cai pesada no meu rosto, fecho os olhos para entrar no meu mundo, naquele mundo onde só entra quem eu quero. Fecho meus olhos e começo a me afogar em pensamentos, em como eu irei te conhecer. Tudo começa com um dia de chuva no meio do ano de 2011, estou no meu recém ganhado carro, acabo de completar 18 anos e após um mês de maioridade, resolvo me aventurar pela estrada, escolho ir para o Rio Grande do Sul, cumprir uma promessa feita a dois anos atrás. Depois de uma longa viagem, chego embaixo de um pé d'água, paro meu carro (é muito difícil me acostumar com isso, sempre pensei que nunca iria dirigir), por obra do destino tem uma vaga bem aonde eu precisava, em frente a casa que eu queria. Ligo pra ela, falo que estou na sua cidade, mas estou perdida. Ela me pergunta o nome da rua. Eu digo, sabendo, mas fingindo não saber, o nome da sua rua, falo que estou parada em frente uma casa. O telefone fica mudo, saio do carro, e encosto no capô do carro enquanto a chuva me ensopa por inteira, ela sai correndo de sua casa, àquela na qual eu parei bem em frente, vou ao seu encontro. Nos chocamos no meio da calçada, em um abraço apertado e entre lágrimas, assim como ela sempre disse, um abraço esmagador, que me faz chorar, não de dor, mas de realização. Ficamos lá, paradas, apenas nos abraçando, enquanto a chuva leva todas as coisas ruins, enquanto a gente simplesmente se abraça...
Abro meus olhos e não é mais água gelada que cai em mim e também não é mais você que eu abraço, estou de volta para o mundo real, fora do meu mundo das fantasias, onde por alguns minutos a água fervente do chuveiro passa a ser a água congelante do Rio Grande do Sul.'
E vai ser exatamente assim, ou até mesmo melhor. Eu te amo meu amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário