sábado, 13 de fevereiro de 2010

Oi
Bom esse blog não vai mais existir. Pelo menos não nesse endereço, agora ele irá para o wordpress.
Não vou deletar esse aqui, afinal, tem comentários extremamente importantes para mim. É só uma mudança.
Beijos, e eu continuo por aqui. http://desblogaando.wordpress.com/

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Entrei no apartamento jogando as sandálias de salto alto no chão fazendo um barulho considerado alto para as 4 da manhã, ele entrou logo em seguida cabisbaixo com o blazer em mãos.
- Desculpa. - Ele falou, enquanto eu tentava tirar meu, único, vestido social preto.
- Desculpa pelo que? Você está sempre certo não está? Afinal, é claro que seria mega divertido pra mim ficar horas em uma festa com um salto enorme fazendo social com seus amigos milhonários.
- Eu achei que pudesse ser... - Ele falou, tristonho.
- Porra, a gente ta junto a três anos e você ainda não sabe meus gostos? Me poupe. Tu sabes que quando eu estou de TPM  eu só quero ficar em casa sendo mimada por você, além de que eu não sei me portar com elegância, pelo menos não a que seus amigos exigem. E se tem uma coisa que eu detesto ser é sociável.
- Eu sei de tudo isso, mas achei que dessa vez seria diferente...
- Porque seria? Tu acha que eu vou aprender a me portar em alguns meses? Não, não vou. Parece que você esquece que nossos mundos são completamente diferentes.
- Não são não!
- É óbvio que são, você é rico da alta sociedade que faz festas que todo mundo daria o corpo para entrar. Eu sou a parte que fica em casa com os amigos falando mal dessas festas. Ta vendo a diferença?
- Tu acha que eu gosto dessas festas?
- Eu tenho certeza. Você gosta de pessoas elegantes, gosta de comidas exóticas, gosta de conversar sobre a bolsa de valores, gosta de fazer média. E não adianta negar, e é por isso eu não sou... a mulher certa pra você.
Ao terminar de falar a última sílaba da palavra 'você' ele foi imediatamente a mim e me beijou e disse olhando fundo nos meus olhos:
- Tu és a mulher certa pra mim, e isso é a única certeza da minha vida.- Ele disse, com raiva, mas ao mesmo tempo com ternura.
- Mas, nossos mundos são tão diferentes as coisas com a gente são tão complicadas. - Falei, chorando.
- Talvez isso seja verdade, mas nós dois criamos um mundo só nosso, com o melhor de meu mundo e o melhor do seu, e a gente vive feliz dentro dele. Não vivemos?
- Sim, mas, argh. Como você consegue se divertir no meio daqueles mauricinhos prepotentes e irritantes?
- Acho que é uma diversão diferente da sua.
- É completamente diferente, aquilo é tortura não diversão. - Ele gargalhou, e eu também.
- Posso pedir uma coisa? - Falei, olhando nos olhos dele.
- Até as estrelas, se você quiser.
- Elas eu deixo pra amanhã, posso te mostrar como eu me divirto no meu mundo?
- Quando você quiser.
Selamos nosso acordo com apenas um selinho e fomos dormir como qualquer casal feliz.

Continua...ou não.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Eu sempre lidei bem com a morte, talvez seja porque trabalho em hospital, talvez porque eu encare a morte diferente das outras pessoas. Para mim depois que as pessoas morrem, ela vão para um lugar que eu ainda não posso ir porque tenho coisas para fazer aqui. Encaro a morte como uma viagem, não como o fim.
Foi assim com a morte do meu pai, sofri é claro, mas fui a que se recuperou melhor e mais rapidamente de todos da minha família. Minha mãe ficava surpresa, eu era apenas um garota de 15 anos quando ele se foi, e ao invés de correr para os braços da minha mãe para chorar era ela quem me pedia apoio.
Uma das minhas grandes dúvidas de quando ele morreu, era se minha mãe iria arrumar outro homem, não que eu seja contra, afinal minha mãe merece ser feliz. Mas eu pensava, teoricamente meu pai não havia terminado o casamento, ele apenas...faleceu. Não sei explicar, se meu namorado/marido morre-se provavelmente eu não conseguiria me achar solteira, na minha cabeça ele estaria me esperando onde quer que esteja.
Aliás, hoje faz três ano que ele se foi. Achei que lidaria bem com a morte dele, como lidei com outras, mas com ele foi diferente. Quando soube, a minha primeira reação foi tentar me matar, assim eu iria para o mesmo lugar que ele, mas depois eu me lembrei que não tinha acabado meu serviço aqui.
Minha família e amigos me disseram para ter uma vida normal sem ele, eu até tentei, ia em festas e até beijava outros caras. Mas nada eu passasse de uma noite, em todos os caras que eu beijava eu procurava pelo beijo dele, pelo jeito que ele me tocava, pelo olhar dele. Mas ele era único, pelo menos para mim, e eu não encontraria ninguem que chega-se aos seus pés.
Hoje é um dia bem difícil para mim, fico me lembrando dos nossos momentos juntos e quanto tempo irá demorar para nos encontrarmos novamente.
Mas agora eu vou deitar, e esperar dar a hora que ele aparece só para mim, se deita ao meu lado, me abraça, beija meu pescoço e fala aquelas três palavrinhas que soam como uma canção de ninar para mim.
Pode parecer loucura, mas eu sinto isso, sinto seu perfume, e sei que ele está comigo sempre. Me cuidando, e me protegendo de tudo que pode me fazer mal.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Estávamos em um almoço animado na casa dele, com todos da família dele. Eu já estava acustumada com a família dele, então o desconforto inicial não existia mais. Eu me sentia muito bem junto com a familia dele, era uma familia grande mas normal,e não aquele caus que era a minha. Estávamos conversando enquanto comiamos a comida que eu mesmo havia preparado, e parecia que todos estavam adorando.
- Uma paciente minha vai dar a luz agora, preciso correr pro hospital. Mãe, cuida do Gustavo pra mim? - Falou a irmã dele, depois de sair da mesa para atender no celular, que era obstetra, e tinha um filho de 4 anos. O Gus.
- Ah filha desculpa, mas eu tenho que terminar aquele projeto. - A mãe dela disse, triste por não poder cuidar do neto.
- Merda, vou ter que mandar alguém no meu lugar. - Ela falou, desiludida.
- A gente cuida dele! - Falei animada.
- O que? - Ele me olhou com a cara assustada.
- Vai pro hospital cuidar da sua paciente que nós dois cuidamos do Gustavo! - Falei, animada.
- Awn Déh, você é um anjo. - Ela disse me abraçando. Ele me olhava com uma cara de 'você enlouqueceu?'.
Terminamos de almoçar, os outros parentes foram dormir e eu e ele ficamos no sofá assistindo um filme qualquer. No meio do filme, um ser de 1m de altura, moreno, dos olhos azuis aparece chamando pela mãe.
- Guuuuuuuuuuuus! Vem aqui vem. - Falei dando tapinhas na minha coxa sinalizando para ele sentar em cima delas, ele veio com cara de sono e perguntou novamente pela mãe.
- Sua mãe foi trabalhar, e hoje você vai ficar com a gente!
- A gente vai ficar em casa? - Ele perguntou, com voz de sono.
- Claro que não! - Respondi animada enquanto ele - meu namorado- jogava a cabeça para trás não acreditando no que eu tinha dito.
- Vamos pro parquinho? - Perguntei para o pequeno.
- Vaaaaaaaaaaamo! - Ele disse com os olhinhos brilhando, peguei um papel e anotei onde fomos e grudei na geladeira caso alguém nos procurasse.
Chegando no parquinho, o Gus foi correndo pros brinquedos e eu e ele fomos em direção a uma grande árvore mais ao fundo. Ele se sentou e eu deitei em suas pernas.
- O que eu fiz pra arrumar uma namorada que me faz sair de casa em um domingo nublado, perdendo meu jogo de futebol, para cuidar de uma peste?
- Como se você não amasse essa namorada né. - Falei e ele abaixou a cabeça envergonhado.
- AWWWWWN que lindo! - Falei, me levantando e lhe dando eu beijo estalado na bochecha.
- Agora eu virei seu amigo pra me dar beijo na bochecha? - Ele falou, indignado.
- Tem crianças aqui, temos que dar o exemplo! - Eu disse, não era óbvio?
- Então, temos que dar exemplo do que é bom. - Ele disse, me roubando um beijo.
- Você não presta! - E nós dois gargalhamos juntos. E ficamos o resto do dia ali, cuidando do nosso filho de um dia e fazendo planos de como será quando tivermos o nosso próprio filho.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Eu quis gritar.
Eu quis correr.
Eu quis chorar.
Eu quis fugir.
Eu quis bater.
Eu quis apanhar.
Eu quis machucar.
Eu quis ser machucada.
Eu quis sofrer.
Eu quis acabar com tudo.
Eu quis morrer.
Mas ai eu me lembrei,
que tenho que continuar vivendo,
para proteger você.
Para amar você.