sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Não quero mais pensar que não vou mais te ver olhando o mar...

Obrigada, Gui. -Falei, não escondendo o sorriso por ele estar ali comigo. Ficamos em silêncio por alguns minutos até que olhei no relógio e já passavam das 13h, e eu no sol.
- Onde você vai almoçar? - Perguntei, interrompendo o silêncio.
- Não sei, a mãe quer comer peixe mas eu não gosto, então acho que nem vou almoçar. - Ele respondeu.
- Ah, hm, quer almoçar comigo?
- Claro. - Ele falou, dando um sorriso.
- Ok, então vai se arrumar que eu vou te levar num dos meus restaurantes preferidos. Ele assentiu, e então aconteceu a coisa que eu mais temia.
- Mãe, to indo lá me arrumar pra sair com a Déh. - Ela o lançou um olhar de 'Déh, who?'
- A Déh mãe, a minha, hm, er, amiga. - Ele disse confuso, nós não erámos namorados mas também não eramos apenas amigos. Na verdade nem eu sabia o que a gente era um do outro.
Depois de uns 15 minutos estávamos os dois prontos, eu de shorts e a parte de cima do biquini e ele de bermuda  e camiseta. O restaurante que eu iria levá-lo era na frente de casa, nos sentamos e comemos enquanto falavamos sobre coisas aleátorias. Pagamos e resolvemos dar uma passeada na praia.
Logo que pisamos na areia ele pegou na minha mão, eu não neguei, só achei estranho. Depois de uma meia hora eu estava cansada e resolvi sentar na areia, ele sentou junto e passou o braço por cima dos meus ombrose eu pousei minha cabeça em seu ombro. E ficamos assim até ele ter a belissima ideia de ir no mar, não recusei, estava muito quente.
Ele tirou a camieta e eu o shorts, e então fomos pro mar. Ficamos brincando que nem crianças la dentro. Até que ele se aproximou e me abraçou e cantou no meu ouvido.
'there's not much I can do but fall for you'

...
O sol invadia meu quarto tocando o meu rosto, me obrigando a acordar. Olhei no celular, nenhuma ligação perdida, apenas uma mensagem nova, nem me dei ao trabalho de ler, deveria ser da operadora. Me levantei, coloquei minha pantufa de scooby-doo e uma calça de pijama, passei pelo banheiro mas nem me olhei no espelho, deveria estar horrível. Peguei a chave de casa abri a porta e fui em direção a caixa de correio do condominio. Essa era minha rotina todos os dias desde que meu pai teve que passar dois meses fora do Brasil e eu fiquei aqui, cuidando de tudo.
Quando cheguei a caixa de correio e abri a caixinha que tinha o número 5 percebi que uma familia estava chegando, era carnaval e o condominio lotava nessa época. Vi uma mulher bem vestida e bem perua, junto havia três garotos, que eu deduzi serem filhos da mulher. O maior aparentava 25 anos, o outro tinha minha idade e um pequeno de no máximo 7 anos. Enquanto eles entravam e conversavam com o dono do condominio eu voltei a prestar atenção nas cartas, até que escuto o portão abrir novamente. Meu coração parou e o sangue fugiu do meu rosto. Não podia ser. Pelo portão passou um garoto de uns vinte e poucos anos com o cabelo desgrenhado olhando para o celular com cara de besta. Era ele. Não tive muito tempo pra pensar, apenas sai correndo dali, eu estava de pijama com o cabelo despenteado e de pantufas, ele não podia me ver assim. Sai correndo, atrás de mim eu escutei um 'ei você' mas não liguei, sabia que era pra mim, reconheceria aquela voz em qualquer lugar da galáxia. Cheguei em casa e tranquei a porta e desabei no sofá. Nesse momento  me lembrei da mensagem recebida hoje de manhã, fui num jato pegar meu celular.
'Estou na sua cidade. :B' Era isso que dizia na mensagem. Dei um sorriso idiota, não sabia o que fazer. Pensei em ir lá ver ele mas ele estava com a família, eu que não iria lá.
Decidi que iria para a piscina, lá eles não iriam. O condominio ficava na frente da praia, e todos os turistas iam para a praia e não para a piscina. Coloquei meu biquini joguei uma água na cara, passei protetor solar e fui em direção a piscina.
Chegando lá agradeci mentalmente por estar vazia, dei um mergulho so para refrescar o corpo e me sentei na borda e fiquei brincando com os pés na água.
'Ai mãe vamos para a praia vamos, por favor' Eu podia ouvir o apelo da criança para a mãe, também ouvi um murmuro entre dois garotos, ficando cada vez mais alto. Não. Me diz que não são eles.
De repente alguem se joga na piscina me molhando inteira. Filho da puta. Enquanto os outros dois irmãos pulavam na piscina, o que olhava com cara de besta pro celular, sentou ao meu lado.
'Acho que isso é seu, Déh.' - Ele disse me alcançando uma pulseira que tinha uma palheta pendurada. A palheta que ele mesmo havia me dado.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Porque depois dos 15 menina vira mulher...

Parabéns, parabéns e parabéns. Eu podia passar horas aqui te falando o que eu desejo pra você, contando nossas histórias, agradecendo e tudo mais. Mas isso todo mundo irá fazer hoje, e eu tenho que ser diferente afinal eu sou sua preferida eu sou estranha.
Hoje é o seu aniversário mas quem vai pedir um presente sou eu: promete que eu nunca vou te perder? É só isso que eu preciso ler para ser feliz o resto da vida.

Eu te amo minha vida.

Eu sei o post ta escroto, ridiculo, MAS você não perde por esperar. xx

domingo, 24 de janeiro de 2010

Post da Belle para mim, chorei lendo e praticamente ninguém vai entender mas pra mim é importante deixar registrado caso ela tenha alguma crise de bipolaridade e venha a me odiar.
Ah e esse post pode enganar vocês mas, não se deixem enganar, mesmo com esse post lindo ela continua não tendo coração.

'Acho que é hora de eu me ligar em tudo que tá acontecendo e por o pé no chão, dar valor as pessoas que tão do meu lado e não ficar numa obsessão por pessoas de longe que são virtuais e que não tão do meu lado.

E em questão de pessoas que estão do meu lado, TU é a primeira que vem na minha cabeça. Sei lá, a gente se conhece faz MUITO tempo mesmo, e perdemos contato... E mano, nunca esperava que uma guria que surgiu do nada perguntando coisa do mcfly ia se tornar tipo, a minha melhor amiga, tipo: WTF.


Sei lá cara, teve um tempo que eu tava muito revolts e mal falava contigo. Eu me sinto MUITO mal por isso, sei lá, tu sempre teve do meu lado, pra rir comigo, pra me fazer companhia, pra me ouvir, pra me dar conselhos. Acho que eu não sou boa nisso como tu é, mas ultimamente eu tenho me esforçado. Tu realmente é bem especial pra mim, eu tô sentindo MUITO a tua falta... Tu não tem noção do quanto era bom pra mim te ver, ir correndo te abraçar quando tu chegava lá no colégio depois da aula, de ir pro bourbon contigo e ficar secando um monte de gente, ficar criticando todo mundo, (morrendo pelo guri do piercing OPS)... Cara, na boa, isso faz muita falta, agora eu me sinto tão dependente disso :~


Meu, na boa, eu não quero te perder (de novo né hahaha 4ª série) PUTA MERDA, tu é tão especial pra mim, eu preciso tanto de ti, mesmo que eu não demonstre isso meu... Sério, e obrigada por TUDO, por tudo mesmo. Acho que eu nunca tive tanta ligação com uma amiga assim :( Tipo, as vezes eu tou tri mal, vo lá no msn te janelar loucamente, e tu tá tri feliz né, sei lá, parece que tu passa energias pra mim (ASÇMFDAÇMLFDA,~,FLDAS wtf) e eu fico bem... Ou ao contrário, alias, tu sabe que eu ODEIO te ver mal pelo off falso u_u GRRRRRRRRRRRRR. MAS MANOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO, afff, obrigada por tudoooo, tudo mesmo, eu não sei mais o que seria de mim sem ti =(( AFF, TE AMO MUITO <3'

Eu te amo Belle, e sinto sua falta mais do que tudo.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Você já parou pra pensar que tudo o que aconteceu é culpa da pessoa que você mais odeia atualmente?
Que se não fosse por ele, a gente mal se conheceria? Seriamos apenas conhecidas. Acho que você deve agradecer à ele... Ok, tu não vais fazer isso mas tá.
É estranho, nunca tive inspiração pra fazer post sobre você. Mas depois de ler esse texto, eu resolvi que faria seu texto assim que tivesse inspiração.
Foi com você que eu experimentei milhares de coisas novas, como ser amada por alguém. Como ser necessária para alguém.
Da segunda sensação eu só me dei conta quando você já não precisava mais de mim, e isso me fez mal. Mas agora já é tarde.
Tu foste a única que me apoiou e não me xingou até a morte por eu ter feito uma besteira, aquela que me ouviu cantar quando eu estava empolgada, aquela que me mandou mensagem quando eu mais precisava.
O destino parece conspirar contra a gente, mas isso vai mudar ano que vem, ah se vai.
Enfim, não tenho muito o que falar a não ser agradecer por ter aparecido na minha vida e me dar um pouco de paz.
'Temperatura ideal, encaixe exato, sintonia perfeita. Do jeito que eu sempre sonhei, com alguém que nunca imaginei.'
Espero que você entenda e que eu possa dizer isso depois. Eu te amo Nahmorada.

único post que realmente aconteceu.

Estava com fome, mas não podia comer, dieta. Sabe como é.
O sono me encomodava, mas não podia dormir, tinha coisas pra fazer.
Estava carente, mais de 24h sem falar com ele.
Estava triste, meu amigo foi viajar hoje, dez longos dias sem ele.
Estava brava, tinha brigado com minha mãe. E com meu pai.
Estava com dor mais insuportável do mundo, cólica.
Estava com calor, Salvador no verão é insuportável.
Queria chocolate, mas é óbvio que não tinha.
Mesmo se tivesse, eu tô de dieta.
Enfim, uma tpm das bravas.
Resolvi ligar o computador pra ler um pouco, e abri o msn.
Msn não entrou, estava sem internet. Legal.
Li um pouco, mas as letras começaram a embaralhar.
Adoro minha visão.
Desci e peguei a internet, conectei, e abri o msn.
Antes mesmo de trocar os status pra 'Disponível', uma janelinha de mensagem offline apareceu.

'ily <3'

Estranhamente, tudo passou, e eu abri o sorriso mais idiota e apaixonado do mundo.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Você me intriga. E não é de hoje, desde a primeira vez que eu ouvi falar de ti, algo em você me hipnotizava.
No começo eu só achava você uma garota fofa, louca por Twilight, incapaz de fazer mal a uma mosca.
Mas aos poucos eu fui percebendo o quanto eu estava enganada em relação a ti, que tu não era a menina ingeua e indefesa que aparentava ser.
Bobo é aquele que se engana achando que você é ingenua e quer se aproveitar da situação, provavlemnte vai sair quebrado depois de um forte golpe de kung fu. Quem diria, que aquela menina ingenua luta kung fu, e luta muito bem por sinal. Agora me diga, você consegue imaginar essa garota frágil e delicada lutando kung fu? Eu não.
Não consigo vê-la de mau-humor, ela está sempre tão sorridente e alegre, e como uma criança, ela aprece não ter problemas, nem obrigações e  preocupações então, é uma palavra que não consta em seu vocabulário.
Mas é claro que eu estava enganada, ela tem problemas sim, e muitos. Obrigações também, algumas inclusives que qualquer pessoa em sã consiencia consideraria um absurdo para a idade que ela tem. Preocupações todos temos, inclusive ela, daquelas que tiram o sono, como a escola e as brigas familiares.
Por parecer tão ingenua qualquer um diria que sofreu muito por amor, mas quem arriscaria a dizer que ela já quebrou corações e já fez muito guri chorar por ela?
Pois é, essa garota me fascina. E eu admiro ela, afinal ela passa por tudo isso e continua com um sorriso no rosto. Continua com a delicadeza de uma bailarina. Não é todo mundo que passa pelo que ela passa e vive normalmente, na verdade, eu tenho inveja disso. Queria ser forte a ponto de sofrer em silêncio.

Nah, por favor não coma meu fígado, o seu post está próximo. xx

Simplesmente hoje quero ser levado a sério.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sabe aquelas noticias que chegam de repente e te arrasam por completo? Aquelas que dói só de pensar. Que te destroem, e que fazem você chorar só de imaginar como vai ser sua vida depois da realização dela.
Uma delas acabou de chegar até mim, assim de repente.
Mas contigo as coisas são sempre do nada né? Foi de repente que a gente começou a se falar, foi de repente que eu me apaixonei por você, foi de repente que você sumiu, foi de repente que eu te esqueci, foi de repente que tu reapareceu, e foi de repente que eu descobri que tu vais para o outro lado do mundo.
Sei que você mal se lembra de mim, e que isso nem é da minha conta. Mas eu me preocupo contigo, te incluo nas minhas preces todos os dias, mesmo nem sabendo aonde você está.
E a partir de agora vou ter que pedir para ter forças para superar sem você.
Que de tudo certo la no fim do mundo, e que tu estejas feliz lá, eu vou torcer por ti, e sentir sua falta. Muita falta.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Era o dia mais feliz da minha vida, na cidade que eu mais amava, com a menina que eu mais admirava. Estava tudo indo maravilhosamente bem, finalmente. Claro que faltava ele, mas eu já estava conformada que ele não viria. Estava sentada em um dos milhares de bancos daquele parque esperando ela voltar com meu sorvete de baunilha, não estava tão quente para tomar sorvete mas a gorda aqui estava com desejo.
- Déh, tem um garoto querendo falar com você. - ela disse, meio com medo da minha reação.
- Quem? Pra que? - perguntei confusa, eu não conhecia nenhum garoto daquela cidade, tirando ele.
- Vai lá e descobre você mesma. - ela disse apontando para um lado do parque onde tinha um menino aparentemente desconhecido por mim, de pé e de costas, com as mãos no bolso.
Fui em direção a ele, que já estava virado para mim, e quanto mais perto eu chegava eu só tinha mais certeza que nunca havia visto aquele garoto.
Ele estava com uma calça jeans clara, e uma camiseta preta de uma banda qualquer. Ele era bem mais alto que eu, deveria ter 1,90, seu cabelo era escuro e estilo 'acabei de acordar', seus olhos eram de um verde profundo, hipnotizantes.
- Oi? - eu disse, quando estava a uns dois metros dele.
- Oi Déh. - Ele disse nervoso, suas mãos tremiam.
- Como você sabe meu nome? Quem é você? O que quer comigo? - Falei, atropelando as palavras.
- Já disse para parar com essa mania de atropelar as palavras. - Ele falou, e me deu um estalo: somente duas pessoas mandavam eu parar de atropelar as palavras, o Bruno e ele. O Bruno não era, isso era óbvio, então... Não, não podia ser.
- Foi ele que te mandou aqui ? Claro que foi, ele não tem coragem de vir e mandou tu no lugar dele, te falou meu nome e as coisas básicas sobre mim para eu acreditar. Ele acha mesmo que eu ia acreditar? Me poupe. - Falei dando as costas.
Ele segurou meu braço, me impedindo de prosseguir. Tentei me soltar, mas ele era forte.
- Sou eu Déh. Eu não tenho porque mentir, de novo. - ele falou, me soltando logo em seguida.
- Não, tu não é assim. Qual é o meu nome? - Agora ele teria que provar.
- Déborah. - Ele falou, mas isso não provava nada. Ele poderia ter dito para ele.
- Minha banda preferida? - não era ele, não podia ser ele.
- McFLY. - Isso também não provava nada estava, literalmente, estampado na minha camiseta qual era minha banda preferida.
- Como eu chamo meu irmão mais velho? - Essa era difícil, e ele não iria acertar.
- Mula. - ele falou, calmamente. Uma lágrima rolou dos meus olhos quando ele respondeu.
- Eu nasci para mandar... - falei, se fosse ele mesmo, saberia o que responder.
- ... e eu para te obedecer. - Ele disse, comecei a chorar compulsivamente, continuei com as perguntas e a medida que ele ia acertando eu ia me rasgando por dentro e chorava mais e mais.
Quando eu terminei as perguntas, e tive a certeza que era ele, eu o olhei e vi o arrependimento em seus olhos. Mas agora não adiantava mais, eu tinha cansado de ser enganada, de me machucar. Havia cansado de sofrer.
Depois disso, eu sai andando, praticamente correndo, sem olhar para onde estava indo.
A última lembrança que eu tenho é a cara de pânico do motorista do caminhão segundos antes de se chocar contra mim.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Conheci uma garota que morava em São Paulo, tão longe e ao mesmo tempo tão perto. Éramos mais que amigas a uns 3 anos. Mas o destino nos impediu de nos conhecermos pessoalmente, isso nunca atrapalhou em nada, era apenas frustrante fazermos vários planos e nada dar certo. Até que um dia resolvemos parar de sonhar e deixar acontecer, um dia ia dar certo.
A data era 20 de novembro, uma sexta de lua minguante, eu já havia averiguado. Esse era o dia da formatura dela, eu tinha alguns planos de ir para lá mas nada muito possível.
Me lembro bem, era 15 de novembro quando eu comecei a olhar as passagens e percebi que eu tinha dinheiro suficiente para pagar a passagem de ida e volta e uma noite em um hotel. Não contei nada a ninguém, tinha medo da inveja. Não contei nem aos meus pais, só iria contar depois de ter comprado tudo, assim eles não teriam como impedir.
Comprei tudo dia 16 a tarde, e a noite contei aos meus pais. Minha mãe quase me deserdou, mas depois que eu expliquei como seria tudo ela ficou mais calma, bem pouco, mas ficou. Meu pai ficou com o pé atrás, mas me apoiou.
Foi tudo muito corrido, dia 17 e 18 eu tinha as provas cruciais do colégio e tinha que me concentrar nos estudos. Só fiquei liberada dia 19, um dia antes da viagem. E eu ainda tinha que ver roupa, presente, mala, tudo. Em um dia e meio, porque eu viajava as 15 para São Paulo.
Consegui comprar a roupa, um vestido verde claro, de alças, e meu all star cano médio verde grama. O cabelo eu dava um jeito em São Paulo mesmo.
Assim que pousei na terra da garoa olhei no relógio, marcava 16:34, precisava correr. Tinha que chegar no hotel, me arrumar e ir para o colégio dela que era praticamente do outro lado da cidade. A formatura começava as 20, não fiquei muito fixa no pensamento de que chegaria atrasada, eu estaria lá no horário não estaria?
O hotel era perto do aeroporto mas mesmo assim só cheguei lá as 18 e pouco, tomei um banho rápido e comecei a me arrumar. No cabelo, deixei ele solto e coloquei uma tiara, verde também, que eu havia comprado no aeroporto. Eram 19:07 quando eu desci ao hall do hotel e pedi um táxi, rezava para o transito já ter cessado um pouco para eu chegar lá a tempo.
Dezenove e quarenta e sete e eu ainda estava no táxi, xingando de todos os nomes o maldito trânsito dessa cidade, faltava pouco para chegar ao local quando eu me lembrei do presente. MEU DEUS COMO EU PUDE ESQUECER DO MAIS IMPORTANTE? Quase sai do táxi para procurar um loja aberta para comprar algo, mas foi quando eu passei a mão no meu pescoço e vi que o melhor presente que eu poderia dar a estava ali comigo, pendurado no meu pescoço.
Atravessei o portão da escola dela exatamente as 20h, e corri para o salão onde seria o evento. Quando cheguei ao local de longe pude ver sua família, não enxergava ela, deveria estar nos bastidores esperando a hora de entrar junto com os colegas. Fui comprimentar os pais delas como se fosse velhos amigos, e não deixavam de ser afinal já o tinha vistos e conversado com eles inúmeras vezes pelo computador. Eles ficaram surpresos com minha presença mas muito felizes, deixe-os lá onde estavam e fui para o outro lado do salão, onde eu poderia enxergar melhor. A formatura foi linda, e ela estava mais linda ainda. Ela estava radiante, com um sorriso de orelha a orelha e com os olhos brilhando. Quando acabou eu sai do salão e fiquei esperando ela sair no lado de fora, é até uma questão de educação os pais comprimentarem ela primeiro.
Quando a vi saindo do local e em seguida abraçando seu irmão, pude ler nos lábios dele falando no ouvido dela: 'viu quem ta ai?' Ela fez cara de interrogação e ele virou o rosto para onde eu estava, um sorriso maior ainda invadiu seu rosto, e o meu também, assim que ela me viu e instantaneamente correu em minha direção. Parecíamos duas crianças se abraçando e chorando no meio do pátio, depois de conversarmos um pouco os amigos dela a chamaram para ir para a festa onde eles iriam comemorar a formatura. Nesse momento eu pedi para ela esperar um pouco, eu queria dar o meu presente pra ela.
- Sério, não achei nada melhor para te dar de presente. - falei, tirando meu colar e tinha um pingente com a minha inicial, do pescoço. Seus olhos se encheram de lágrimas e enquanto eu colocava o colar nela, ela me abraçou mais forte do que nunca, e disse baixinho.
- Obrigada. Por me ajudar quando eu precisei, por me alegrar quando necessitei, por me dar uns choques de realidade, por estar aqui nesse dia tão importante pra mim, mas mais ainda, obrigada por me deixar tomar posse de você. Eu te amo.

sábado, 9 de janeiro de 2010

'-Déh! - O garoto disse em pânico, ao entrar na varanda de seu quarto, olhar para a janela vizinha e se deparar com sua amiga, que ele se sentia na obrigação de proteger por algum motivo desconhecido, chorando compulsivamente com os olhos inchados e a cabeça baixa, dependurada na janela.
- Que? - Ela disse ríspida, olhando diretamente nos olhos dele. Ao levantar a cabeça ele pode perceber o estado deplorável que ela se encontrava: olheiras enormes, a palidez excessiva, e a boca roxa de frio. Ela estava doente, isso era visível, ela tremia de frio, enquanto todos literalmente pingavam de calor.
- O que está acontecendo contigo Déborah? - O menino falou, meio bravo mas preocupado também. Fazia uma semana que ela não saia de casa, ele tinha ouvido uma conversa dos pais dela falando que ela não estava comendo direito, ela estava sempre com a luz do quarto acesa durante a noite, sinal de que ela não dormia. E já era a terceira ou quarta vez que ele a via chorando na janela. Nunca perguntou porque acreditava que era problema com os pais, e conhecia ela o suficiente para saber que ela detestava conversar sobre os problemas familiares. Mas hoje ele iria descobrir o que aconteceu.
- Nada Bruno. - ela respondeu, com a mesma rispidez.
- Aha, claro. Então onde está aquela menina que estava sempre de bom humor que eu conheci? - ele falou. Ela não respondeu.
Ele decidiu que ficaria ali até ela falar. E não interessava que já eram 4 da manhã.
- Fazem seis meses...- Ela começou a contar, não a enterropi, com medo dela não falar mais. Ela quase não citou nomes usava mais os pronomes 'ele' e 'ela', as poucas vezes que citou nomes o ar lhe faltava. Dava para ver a dor que ela sentia, parecia que cada palavra que ela dizia era como uma faca extremamente afiada a penetrando grosseiramente.
Ao final da história, ela se calou e voltou a chorar.
O garoto estava sem reação, ele sabia que algo havia acontecido com a sua menininha mas não imaginava que fosse tão dramático assim. Ele não sabia o que fazer, queria abraçar ela e dizer que tudo isso era um sonho e logo iria passar, o abraço ele até poderia dar, mas só no dia seguinte, estava tarde e o pai dela poderia acordar. Dizer que tudo iria passar era impossível, ele sabia que não passaria. Ela não queria que passasse. Mesmo com todas as consequências a dor era o que ligava ele à ela. A dor era o que ele havia deixado dentro dela. Essa dor era a lembrança que ela tinha dele. E ela só continuava vivendo por causa dessa dor que ainda ligava os dois, se essa dor passasse ela não suportaria. E isso, o amigo da garota podia enxergar no seu olhar.
Ele não sabia o que fazer, então começou a falar sobre assuntos aleátorios. As vezes falava umas besteiras que faziam a garota soltar um sorriso tímido, que não chegava até os olhos.
Já estava amanhecendo quando os dois foram para suas respectivas camas e adormeceram. Na verdade só ele, ela continuava com sua depressão.
Os dias foram se passando e Bruno ia até a casa de Déh passar os dias com ela, e assim foi, as vezes ele conseguia até tirá-la de casa, mas no máximo para dar uma caminhada até a praia. Com o tempo ele percebeu que a dor da menina ia se amenizando, ela ainda existia, é claro, mas agora ela sabia como lidar com ela.
Ela já estava com uma aparência mais saudável, e até olhava para os outros garotos. Mas ela nunca mais se apaixonaria, não como se apaixonou a meses atrás.'

Parte do texto foi o que eu sonhei hoje, está um lixo, mas eu precisava postar.

Beijos.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Continuação do post abaixo. Ou não.

Entramos e passamos o dia conversando sobre a vida um do outro, demos uma volta na praia também, e passamos nos super pra comprar nossa ceia de ano novo: duas lasanhas de microondas grandes de quatro queijos e um engradado de Fanta Uva.
Eram 22 horas quando começamos a nos arrumar, para ir a praia. Coloquei um vestido branco, balonê que tinha uma pequena e finíssima fita vermelha abaixo do busto, e um all star de cano médio vermelho. Coloquei um headband feito por mim, vermelho, em meu cabelo e o deixei solto.
Ele colocou uma bermuda branca, um all star branco com o cadarço verde limão e uma camiseta branca de gola vê. Seu cabelo ele deixou por minha conta, o baguncei um pouco até ficar do jeito que eu gostava.
Quando deu 23:30 fomos para a praia apenas com o celular para cuidar o horário, não compramos champagne afinal nenhum de nós bebia.
A praia estava lotada, ficamos lá bem perto do mar encostados em uma grande pedra. Já eram 23:52 quando eu o abracei e falei bem baixinho.
- Vou passar a virada do ano abraçada em você, para esse ano tu ficares perto de mim sempre. - e me afoguei em seu pescoço inspirando o máximo que pude de seu perfume forte.
- Eu tenho uma ideia melhor! - ele falou sorridente, mas ao mesmo tempo tímido.
- Desde que eu passe perto de você não tem problema nenhum. - falei.
- Então, todo mundo se veste de acordo com o que quer para o próximo ano e tu esta de branco e vermelho, logo você quer paz e paixão...
- Fala de uma vez mano. - falei, eu não estava entendendo aonde você queria chegar.
- Tá, que tal você começar o ano com amor? - Ele disse me olhando nos olhos, a essa hora eram 23:57.
- Eu ainda não entendi o que tu quer dizer. - falei, e acho que nunca fui tão sincera.
- Mano como você é lenta! O que eu to dizendo é da gente passar a virada do ano assim ó. - e ele me beijou, dessa vez mais delicadamente do que mais cedo. Me espantei, e ficamos longos minutos nos beijando, e não paramos nem quando todos gritaram (inclusive meu celular, que recebia mensagens constantemente) e começaram os fogos. Nesse momento, eu fiquei mais perto dele ainda, se é que era possível, e alguns minutos depois separamos nossos lábios e ele olhou nos meus olhos e disse:
- Feliz ano novo... Melhor amiga. - ele disse esse 'melhor amiga' com uma certa confusão.
- Feliz ano novo, melhor amigo! - eu disse, descontraída.
Ficamos sentados abraçados, até a praia esvaziar um pouco. Quando esvaziou ele mandou eu me levantar e tirar meu all star, enquanto ele tirava o dele, e sua camiseta. Não entendi o motivo, mas tirei, vai saber o que esse moleque ia fazer.
Ele pegou minha mão e foi me levando em direção ao mar.
- Eu não vou entrar no mar. - disse firmemente.
- Tu vai fazer o que eu mandar.
- Não vou não. - Larguei sua mão e virei as costas indo na direção contrário ao mar.
Ele se virou e com alguns passos estava ao meu lado, ele passou a mão por baixo de meus joelhos e me carregou. Dei um escândalo e comecei a bater nele.
- Para ou vai nós dois cair de cara nessa areia! - ele disse, rindo.
- Argh, te odeio. - disse, me rendendo, e passando minhas mãos por seu pescoço.
- E eu te amo! - ele disse, me dando um selinho logo em seguida.
Chegamos ao mar, com ele me carregando ainda, e entramos. Cada gota de água que tocava em mim eu dava um grito, estava gelada. Fomos entrando e ele parecia não se importar com a temperatura, quando chegamos a uma altura onde a agua batia em seus ombros, eu pedi pra ele me largar, ele me largou e eu me debrucei sobre suas costas nuas, depositando um beijo em seu pescoço.
- Sabe, que desde criança eu sonho em passar a virada do ano com meu melhor amigo? Antes mesmo de tu aparecer. - sussurrei em seu ouvido.
Ele se virou pra mim e eu fiquei dependurada em seu pescoço, olhando diretamente em seus olhos cor de mel.
- Já o meu era passar a virada do ano, com você. Como minha namorada, e não como melhor amiga. - ele falou, com um sorriso tímido.
- Ish, e quando você vai realizar esse sonho? - falei brincalhona, estávamos na beirinha e eu fui indo em direção a areia, enquanto ele ainda ficou um tempo no mar. Faltava uns três passos para chegar onde estava nossas roupas quando ele gritou.
- DÉH DÉH DÉH! - Ele gritava histericamente.
- QUE TU QUER SEU ESCANDALOSO? - falei, rindo.
- QUER NAMORAR COMIGO? - Ele gritou, dei graças por a praia estar praticamente vazia, com um sorriso nos lábios.
- QUERO QUERO QUERO! - falei, com o maior sorriso do mundo.tempo
Ele saiu correndo do mar e me abraçou me levantando do chão. E ficamos assim, abraçados, até o sol nascer.

Algo em dizia que esse ano seria bom, muito bom.
604800 segundos, 10080 minutos, 168 horas, 7 dias, uma semana. Esse era o tempo exato que eu não falava com ele. Ok, ele ia viajar e me disse que nos falaríamos menos, mas nós nos falarmos menos não é sinonimo de não se falar. Eu já estava sem dormir a dois dias preocupada com ele, mal comia, só ficava no quarto olhando pro teto, bem autista.
Olhei no relógio, duas da manhã, deveriam se 22, ou 23 horas no lugar que ele estava por causa do fuso horário. Em um surto de coragem peguei meu celular e digitei o número tão conhecido com uma certa violência. Me sentei no chão gelado do meu quarto, com as pernas esticadas e as costas encostada na lateral da minha cama.
- Alô? - ele atendeu, e eu pude ouvir uma música do McFLY tocando ao fundo.
- Oi. - disse, num tom de indiferença.
- Oi amor - ele falou, com uma certa animação.
- Onde tu ta? - falei, no mesmo tom de indiferença.
- Não sei direito, em algum lugar dos Estados Unidos. - ele falou, meio confuso.
- Ai não pega sinal de celular? - falei, continuando com a indiferença.
- Pega, mas eu to sem crédito.
- Querem roubar você de mim sabia? - disse, como se estivesse mandando ele comprar pão.
- Quem? - ele disse, espantado.
- Eu digo que que vou te perder e tu quer saber para quem, legal.
- Quero saber quem é, , vai que seja gatinha... - ele disse, rindo.
- Se for gatinha, você vai correndo atrás . - continuei com a indiferença.
- Exatamente. - ele disse, gargalhando.
- Você acaba com meu dia. - cancelei a chamada e nem me dei ao trabalho de colocar o celular no colchão, simplesmente abri a mão e o deixei cair de encontro ao chão. Acabei adormecendo, no chão mesmo.
Fui acordada com o sol batendo na minha cara, e algum problemático gritando meu nome na janela. Não ia atender, devia ser um vizinho idiota querendo algo emprestado.
'Déborah Antonia, desce, eu sei que tu ta acordada' - o desconhecido gritou de novo.
Só uma pessoa no mundo me chamava de Déborah Antonia, mas não podia ser, a algumas horas atrás ele estava nos Estados Unidos...
'DÉBORAH EU TO ME IRRITANDO' - ele gritou, interrompendo meus pensamentos, abri a porta do jeito que estava vestida, com uma camiseta do meu irmão e uma bermuda do meu pai.
- O que você ta fazendo... - comecei a falar mas ele tapou minha boca.
- Cala a boca, deixa eu falar. - eu detestava que me impedissem de falar, e ele sabia, então mordi sua mão que cobria minha boca.
- TIRA AS PATA DE CIMA DE MIM MOLEQUE! E eu falo quanto eu quiser, estou na minha casa, e a visita... - estava pronta pra dar um discurso quando ele revirou os olhos e me beijou grosseiramente. Eu fazia toda minha força para me desgrudar dele, mas ele era mais forte, e parecia nem perceber. Quando ele finalmente me largou eu estava furiosa e comecei a bater em seu braço.
- QUE PALHAÇADA É ESSA? - falei, realmente brava.
- Você não calou a boca por bem, tive que tomar medidas drásticas. - ele disse, naturalmente.
- Nunca mais faça isso seu imbecil. Agora me diz o que tu tá fazendo aqui? Horas atrás tu estavas nos Estados Unidos, pelo menos é o que você me disse.
- É eu tava, mas quando tu disse que eu eu estragava seu dia eu me senti culpado e peguei o primeiro voo pra , pra te provar que eu posso te fazer feliz.
- Para, hoje é dia 31/12 e você deixou de passar o ano novo nos EUA, com sua namorada, para vir pra esse fim de mundo passar o ano novo comigo? - eu falei descrente, ele era burro, mas não a esse ponto.
- Por ai, tirando o fato da namorada. Terminei com ela.
Dei um grito histérico e pulei no seu pescoço, eu odiava sua namorada com todas as forças. Ela roubava ele de mim.
- Calma Déh, haha, enfim deixa eu te provar que eu não estrago seus dias? - ele falou com cara de pidão.
- Desde que não envolva beijos no meio, tudo bem. - falei, parecendo brava.
- Aha, como se tu não tivesse gostado do meu beijo. - ele disse, convencido.
Comecei a rir, ele não precisava saber que aquele foi o melhor beijo da minha vida.

sábado, 2 de janeiro de 2010

To cansada. Cansada do jeito que falam comigo, cansada de ocmo me tratam, cansada de como me veem, cansada de ser sempre a segunda opção.

Pra mim chega, vou mandar todo mundo a merda e irem achar outra pra fazer de trouxa.