quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Estávamos em um almoço animado na casa dele, com todos da família dele. Eu já estava acustumada com a família dele, então o desconforto inicial não existia mais. Eu me sentia muito bem junto com a familia dele, era uma familia grande mas normal,e não aquele caus que era a minha. Estávamos conversando enquanto comiamos a comida que eu mesmo havia preparado, e parecia que todos estavam adorando.
- Uma paciente minha vai dar a luz agora, preciso correr pro hospital. Mãe, cuida do Gustavo pra mim? - Falou a irmã dele, depois de sair da mesa para atender no celular, que era obstetra, e tinha um filho de 4 anos. O Gus.
- Ah filha desculpa, mas eu tenho que terminar aquele projeto. - A mãe dela disse, triste por não poder cuidar do neto.
- Merda, vou ter que mandar alguém no meu lugar. - Ela falou, desiludida.
- A gente cuida dele! - Falei animada.
- O que? - Ele me olhou com a cara assustada.
- Vai pro hospital cuidar da sua paciente que nós dois cuidamos do Gustavo! - Falei, animada.
- Awn Déh, você é um anjo. - Ela disse me abraçando. Ele me olhava com uma cara de 'você enlouqueceu?'.
Terminamos de almoçar, os outros parentes foram dormir e eu e ele ficamos no sofá assistindo um filme qualquer. No meio do filme, um ser de 1m de altura, moreno, dos olhos azuis aparece chamando pela mãe.
- Guuuuuuuuuuuus! Vem aqui vem. - Falei dando tapinhas na minha coxa sinalizando para ele sentar em cima delas, ele veio com cara de sono e perguntou novamente pela mãe.
- Sua mãe foi trabalhar, e hoje você vai ficar com a gente!
- A gente vai ficar em casa? - Ele perguntou, com voz de sono.
- Claro que não! - Respondi animada enquanto ele - meu namorado- jogava a cabeça para trás não acreditando no que eu tinha dito.
- Vamos pro parquinho? - Perguntei para o pequeno.
- Vaaaaaaaaaaamo! - Ele disse com os olhinhos brilhando, peguei um papel e anotei onde fomos e grudei na geladeira caso alguém nos procurasse.
Chegando no parquinho, o Gus foi correndo pros brinquedos e eu e ele fomos em direção a uma grande árvore mais ao fundo. Ele se sentou e eu deitei em suas pernas.
- O que eu fiz pra arrumar uma namorada que me faz sair de casa em um domingo nublado, perdendo meu jogo de futebol, para cuidar de uma peste?
- Como se você não amasse essa namorada né. - Falei e ele abaixou a cabeça envergonhado.
- AWWWWWN que lindo! - Falei, me levantando e lhe dando eu beijo estalado na bochecha.
- Agora eu virei seu amigo pra me dar beijo na bochecha? - Ele falou, indignado.
- Tem crianças aqui, temos que dar o exemplo! - Eu disse, não era óbvio?
- Então, temos que dar exemplo do que é bom. - Ele disse, me roubando um beijo.
- Você não presta! - E nós dois gargalhamos juntos. E ficamos o resto do dia ali, cuidando do nosso filho de um dia e fazendo planos de como será quando tivermos o nosso próprio filho.

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