sábado, 28 de novembro de 2009

Eu estava prestes a desmaiar, essa era a única coisa que eu sabia no momento. Mas aos poucos as coisas foram voltando ao normal, e minha mente começava a clarear:
- Déh, o que aconteceu? Você ta bem? Responde pelo amor de Deus. - ele dizia, desesperado.
- Oi. - foi a única coisa entendivel que eu consegui dizer.
Alguns minutos se passaram ate eu me recuperar totalmente, me dei conta que estava sentada no banco de uma praça, cheia de casais velhinhos. E ele estava agachado, em minha frente, segurando minha mão esperando ansiosamente por uma reação minha.
- Acho que agora ta tudo bem, a noticia de conhecer seus pais me chocou um pouco. - disse, pausadamente.
- Amor, calma. Eles não mordem, e se você quiser pode ser outro dia sem problemas. - ele disse, com um sorriso no rosto por eu estar bem.
- NÃO! Vai ser hoje. - eu disse apavorada, esperar ate o dia da próxima janta seria torturante demais.
- Tudo bem, agora vamos para o meu apartamento nos arrumarmos, ok?
- Tudo bem amor.
Fomos até o carro dele, era um carro grande, cabiam no mínimo umas seis pessoas. Eu sentei na frente ao lado dele. Ele arrancou, e fomos em direção ao sua casa. Um silêncio estranho se instalou, parecia que ele queria falar uma coisa mais tinha medo de eu passar mal de novo.
- Déh... - ele falou pegando na minha mão. Estávamos completamente parados no trânsito.
- Hm? - disse, desviando o olhar da janela e mirando nos olhos dele.
- Er, não queria voltar nesse assunto, mas porque você passou mal? Eu não consigo entender... - ele disse, com a cara confusa.
- Ah, seila, achei meio cedo. A gente nem ficou ainda. - tinhamos dado apenas um selinho, enquanto tomávamos sorvete mais cedo.
- Não seja por isso. - ele disse, e instantanemente me puxou para perto dele e colou nossos lábios. É o nosso primeiro beijo foi dentro de um carro, no meio do trânsito caótico de São Paulo, ao som de buzinas irritantes de pessoas estressadas que estavam desesperadas para chegarem em suas respectivas casas. Tudo que eu sempre sonhei -n.
- Era só isso? - ele disse, curioso.
- Não. Eu tenho medo deles não gostarem de mim.
- Como se isso mudasse algo.
- Você sabe que muda.
- Não quero discutir sobre isso, de novo. - ele disse encerrando o assunto.
Quando dei por mim já tinhamos chegado no seu prédio, eram umas 17:30 quando ele estacionou o carro na garagem, subimos e quando entrei no seu apartamento levei um susto: tinha uma foto minha pendurada na parede da sala. Meu Deus, como ele tem essa foto?
Continuei a analisar seu apartamento, ele era enorme. E tinha uma janela gigantesca com uma das vistas mais lindas que já vi na vida, era tudo muito arrumadinho, fui até a cozinha e abri a geladeira: ela estava completamente vazia. Abri o freezer, é, nunca vi um freezer tão cheio. O moleque sobrevivia de comida congelada. Fui ao seu quarto, era lindo, a cara dele.
Ele me mostrou o quarto de hospedes, que era onde eu pretendia dormir, era a coisa mais maravilhosa do mundo, com direito até a poster do McFly. Sobre a cama, havia um pacote que ele disse que era meu. O embrulho era tão lindo que até me esqueci que ele estava proibido de me dar presentes. Dentro do pacote tinha um vestido jeans, tomara que caia com um laço ao lado. Ele era a coisa mais maravilhosa que eu já tinha visto.
- Gostou? É pra você usar hoje a noite, la em casa, duvido que você tenha trazido algo que não seja skinnys, camisetas coloridas e all stares. - ele disse. E, er , ele estava certo.
Fui tomar um banho, ainda encantada com o vestido, e meu Deus. Aquele banho foi o melhor da minha vida, preciso de um chuveiro igual ao dele agora. Terminei meu banho e fui para o quarto, ele estava atirado no sofá assistindo qualquer coisa desinteressante na televisão. Ainda estava enrolada na toalha felpuda, azul marinho dele, quando berrei para ele:
- Não vai se arrumar não?
- Mais tarde, você provavelmente vai demorar eras para ficar pronta.
- Haha, eu sou linda por natureza não preciso ficar horas me arrumando. - disse, mais irônica impossível. Pelo menos na parte de ser linda.
Ele gargalhou e continuou a ver sua televisão.
Coloquei o vestido, que caiu como uma luva, ele nunca acertaria meu número tem dedo da Nah nessa história, certeza. Coloquei meu all star branco, uma tira vermelha, e minha aliança. Me olhei no espelho, e até que eu estava parecendo meiga.
Fui até a sala e ele continuava esparramado no sofá, era incrível como continuava lindo.
- E ai, eu vou ficar esperando você se arrumar até quando? - perguntei, parando ao lado do sofá.
Ele desviou os olhos da televisão e me olhou de cima abaixo, fez cara de safado e veio na minha direção com o olhar mais malicioso que alguém poderia ter.
- Ei, moleque, pode ir parando ai. Vai tomar um banho, ficar arrumadinho que eu penso se você merece um beijinho. - falei, com ele a centímetros de mim. Não pergunte como eu resisti, até hoje não sei. Fui até a cozinha dar uma ajeitada nas coisas enquanto ele se arrumava, depois de uns vinte minutos ele apareceu, de skinny preta, camiseta branca social, um blazer e um all star xadrezinho. Uma força do além me segurou para não ir la agarrar aquele moleque.
- Vamos? - ele perguntou, pegando as chaves do carro.
- Er, eu to com medo. - decidi ser sincera.
- Não precisa, vai dar tudo certo. - ele pegou e deu um beijo delicado na minha mão.
Quando estacionamos na frente do prédio dos pais deles já eram umas 21h, subimos e ele tocou a campainha do apartamento. Eu suava frio e tremia loucamente quando o irmão dele abriu a porta, eles se cumprimentaram e eu abri um sorriso. Eu amava o irmão dele, ele me lembrava o meu Dougie. Ele também estava lindo, mas mais informal, com uma calça de abrigo e uma camiseta gola V e meias. Chegando a sala de jantar os pais dele estavam nos esperando atrás da mesa de jantar, meu Deus eles eram a coisa mais linda do mundo.
- Er, então pai, mãe, essa é a Déh. Minha namorada. - ele falou, nem parecia que tinha 22 anos na cara.
- Oi. - falei mais tímida que não sei o que. O irmão dele estava se segurando para não começar a rir do meu nervosismo, e eu me segurando para não mandar ele pastar, ok teria volta.
Os pais dele me cumprimentaram e foram extremamente gentis, como eu imaginava que eles fossem.
- Enfim, vamos jantar? - a mãe dele falou. Todos se direcionaram a linda e gigante mesa de jantar, eu tremia. Essa era a hora que eu mais tinha medo.

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